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Lista | Melhores Filmes com Mutantes

May 21, 2014

Não poderia ser mais óbvia a inspiração da nossa lista essa semana. A hype gerada em torno de um dos filmes mais esperados pelo grande público neste ano dessa vez teve toda razão. Nossos críticos já assistiram X-men: Dias de um Futuro Esquecido e adoraram, principalmente o trabalho do elenco, a direção precisa de Bryan Singer e o roteiro, que permitiu um aprofundamento no estudo das personagens. Portanto, resolvemos relembrar aqui grandes filmes com histórias que envolvem mutantes. E como você verá, e já sabe, nunca levamos a coisa ao pé da letra, e as mutações vão da genética à psicologia (!), deixando o melhor pro final…



O Vingador do Futuro

(Por Anderson Botelho)

 


O “mestre da ficção científicaâ€, segundo o nosso apresentador Rodrigo Rigaud, não poderia deixar de fora esse clássico do sub-gênero cyberpunk, dirigido por Paul Verhoeven, e baseado num conto do saudoso Philip K. Dick. Você pode até não lembrar de mutações em Vingador…, mas sem dúvida, assim como o nosso amigo Vinícius Colares, não esquece daqueles lindos três peitos balançando na boate em que Douglas Quaid vai encontrar Melina.





Mutação

(Por Caio Vianna)


Lembro de assistir ao filme quando ainda era criança, algumas vezes, para depois não vê-lo mais, e apesar de não saber o que acharia dele hoje em dia, sei que marcou minha cabeça por carregar elementos sombrios, um grande elenco e um roteiro inteligente, que não fazia apenas das mutações mero pretexto para detruição ou ação. Procurando mais sobre ele hoje em dia, qual a minha surpresa ao constatar que se trata da direção de ninguém menos que Guillermo del Toro. Só podia! Um filme sobre baratas gigantes que aprendem a copiar o costume dos homens… Acho que vou deixá-lo em minha memória.





O Homem Elefante

(Por Márcio Andrade)


Contando a história trágica de Joseph Merrick (John Hurt), David Lynch deixa as estranhezas e onirismos das tramas e dos ambientes externos de lado para se concentrar na excentricidade de uma condição médica. Contando com uma maquiagem que assusta e impressiona, o diretor exibe o drama da história real de uma pessoa que carrega no corpo diversas mazelas, decorrentes de uma doença desconhecida na época e que, até hoje, guarda seus mistérios. Segundo relatos do próprio Merrick, estas deformidades começaram a se desenvolver aos três anos de idade com pequenas calosidades do lado esquerdo do corpo. O filme se baseia em manuscritos do dr. Frederick Treves (Anthony Hopkins), médico que descobriu Merrick como atração em um circo de aberrações e o internou em um hospital.





Quadrilha de Sádicos

(Por Rick Monteiro)


Depois de muito pensar sobre a temática da lista me deparo com o que é um dos meus filmes de terror preferidos. Um filme que me atormentou durante anos: Quadrilha de Sádicos (The Hills Have Eyes) do mestre do horror Wes Craven. Inicialmente, o remake me veio a mente, por conta da clara relação com a temática da lista. O motivo da mutação é um das principais mudanças que Alexandre Aja escolheu para posicionar seu roteiro. Aqui, foram os testes nucleares que criaram essas monstruosidades que atormentaram sadisticamente a Família Carter. O filme consegue ser extremamente satisfatório na sua proposta e na homenagem ao original de 1977. Mas é o filme de Wes Craven, inclusive por não entregar tão obviamente a origem daquelas criaturas, ou melhor, família de canibais, que possui essa áurea aterrorizante. Mesmo não deixado claro, são as insinuações do líder, Papa Jupiter, que percebemos que a mutação ocorreu através dos incestos familiares. Nosso critico Rodrigo Rigaud tem toda razão. Como são bons os filmes de horror dos anos 70.



O Incrível Homem que Encolheu

(Por Vinícius Colares)


Nesta pequena obra-prima sci-fi dos anos 50, Scott Carey é atingindo por uma névoa radioativa enquanto curtia férias em um pequeno Iate, alguns meses depois, para o seu azar, ele é pulverizado com inseticida que em combinação com a radioatividade, produz uma mutação que faz com que ele comece a encolher. Após a absurda (e típica da época) origem da mutação, que se popularizou ainda mais nos heróis de quadrinhos surgidos na década seguinte, o filme se desenvolve de maneira bastante eficaz, com efeitos especiais que continuam perfeitos 60 anos depois, mas o que mais chama atenção é o excelente desenvolvimento do personagem, que amadurece na medida em que percebe estar partindo em um caminho solitário e sem volta rumo às dimensões quânticas, culminando em um belíssimo monólogo final de fazer inveja a certo replicante de outra ficção científica. “Eu ainda existo!â€





A Criança da Meia-Noite

(Por Gabriel Neves)


Mais um filme recente, mas esse pelo menos acerta o gênero dominante. Um drama que insiste nos clichês do gênero de afeição, perda, dor, sofrimento, chororô e tudo mais. Pra ser ainda mais dramático, é um filme francês. O que diferencia ele de todo resto é a história do protagonista, uma criança que, devido a uma doença genética, não pode sair de casa enquanto o sol aparece – por isso o título do filme. Por mais que a doença não seja o foco, já é uma boa pedida, ainda mais pra um filme tão bonitinho que tão pouca gente conhece hoje em dia.



Poder sem Limites

(Por Caio Vianna)


Um found footage, com atores estreantes, sobre jovens que ganham poderes de super-heróis, ou seja, tudo para dar errado. No entanto, Poder sem Limites foi um dos filmes que mais me surpreendeu nos últimos anos. Não que não tenha falhas. Elas existem. Mas para o seu orçamento e limitações, é extremamente inventivo e eficiente em sua proposta. E ainda por cima lançou Dane DeHaan, atou que já mostrou a que veio, assim como Michael B. Jordan, e pode nos entregar, em breve, um excelente cineasta, Josh Trank, se os estúdios não meterem os pés pelas mãos. E sobre a mutação? Ah! Aquela velha e boa história de que o poder corrompe.



Um Ramo

(Por Rick Monteiro)

http://www.zonacritica.com.br/wp-content/uploads/2014/05/UM-RAMO-YouTube.mp4

Assistido no CinePe em 2008, esse curta metragem dirigido e roteirizados por Marcos Dutra e Juliana Rojas (sim, os responsáveis pelo fantástico filme Trabalhar Cansa), possui uma áurea que imediatamente me captou. A estranheza da situação combinada com os detalhes de cotidiano. O filme conta a historia de uma mulher que ao tomar banho percebe algo estranho saindo de sua pele. O que inicialmente parece ser um caroço ou mesmo uma ferida começa a se revelar como galhos de uma árvore. E o interessante do curta é exatamente como ele trata o tema, se distanciado quando a personagem tenta continuar sua vida ordinária, e se aproximando quando percebemos suas a angústia, medo e principalmente vulnerabilidade. Nunca é revelado o porquê, nem o que realmente acontece, mas esta história da mulher que está se transformando em árvore sempre me vem a mente.





Chernobyl РSinta a Radia̤̣o

(Por Gabriel Neves)


Nesse filme recente, vários exploradores muito espertos decidem invadir a cidade de Chernobyl (é, aquela radioativa) só pra ver o que acontece lá de tão estranho. Sim, existe gente assim no mundo, gente sem cama pra arrumar, sem crítica pra escrever, com tempo de sobra pra ficar dois dias numa cidade abandonada. AAAAH, mas é óbvio que a cidade não está abandonada, senão não seria um filme de “terror”. Chernobyl está, obviamente, infestada de gente exposta a radiação que nunca foi encontrada nesses anos após a explosão do reator. Se não convence como terror, pelo menos serve como indicação pra uma lista de mutações.





A Mosca

(Por Vinícius Colares)


O cientista Seth Brundle (Jeff Goldblum brilhante no papel de sua vida) cria uma máquina capaz de teletransportar organismos vivos, certo dia, inseguro em relação a sua nova namorada, ele exagera na bebida e acaba testando a invenção em seu próprio corpo, mas uma mosca filha da puta entra junto, o que acaba gerando a fusão gradativa dos dois. A partir daí, Cronenberg atinge o ápice do grotesco de sua filmografia, mas sem, em momento algum, perder a componente humana da narrativa, que consegue extrair emoção até do olhar da criatura em seu terrível e triste estágio final.





Cisne Negro

(Por Márcio Andrade)


Ok, ok! Prevejo gente dizendo “AGORALASCOUATABACADEXÔLANESSALISTA!†e pessoas com tochas dizendo que fomos demais com essa. Essa escolha rendeu calorosos debates e quase uma guerra civil dentro do Zona Crítica, mas é inegável que Darren Aronofsky criou uma das mais assustadoras metamorfoses do cinema. A esquizofrenia aloprada de Nina (a oscarizada pelo papel Natalie Portman) certamente assombrou muitos pesadelos de bailarin@s e do público (mim incluído, hein?). Tá certo que a metamorfose do puro cisne branco na versão autodestrutiva de cisne acontece todo na mente de Nina, mas querem um pesadelo mais real do que aquele que vivemos dentro de nossas próprias cabeças? Se, em uma das cenas, a briga com a dominadora mãe termina com uma tenebrosa transformação das pernas da garota em pernas de ave, é na cena em que vemos a completa transformação de Nina que ficamos totalmente extasiados e assombrados pelo que a mente pode fazer conosco, enquanto somos afogados pela grandiosa “A Swan Is Bornâ€, da trilha sonora composta por Clint Mansell a partir da obra de Tchaikovsky.


 

E aí leitor, mais alguma indicação? Só não vale dar uma de Márcio Andrade, hein…


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