Conversas com impacto

Conversas com impacto


S2E5 | Banca ética e Investimento de Impacto | Nuno Brito Jorge | Go Parity

February 27, 2021

Obrigado por ouvir o episódio 15 do podcastconversas com impacto, o meu nome é Tiago Seixas e estou muito contente por lhe trazer novas entrevistas e ideias para ajudar a criar impacto social positivo.
Recuperamos um tema do segundo episódio deste podcast com Luís Jerónimo da Gulbenkian, onde abordámos o investimento de impacto. O futuro que já existia em 2019 acelerou-se com o efeito pandémico e o comeback terá que ser muito eficaz, sustentável e sistémico.
Em sentido contrário, os populismos são o novo assistencialismo, o alienamento aos desafios globais ou a utilização de práticas de identificação de bodes expiatórios, para além de eticamente reprováveis e em muitas circunstâncias, nos limites ou para lá da própria lei, são absolutamente contrários às soluções que necessitamos.
A era pós-COVID traz assim a Portugal, à Europa e ao resto do mundo uma oportunidade única para cimentar novas ideias, por isso urge encontrar soluções inclusivas, partilhadas e com um foco específico num bem comum ao mesmo tempo que potenciem o lucro individual.
Nos EUA o R3 record é um projeto ímpar, direcionado para 1/3 da população norte-americana com cadastro criminal e que tem por isso dificuldade em encontrar bons empregos, boas taxas de juro, e até boas habitações e dessa forma vivem a perpetuação das consequências do seu erro. O projeto prevê o financiamento individual e coletivo, fora dos grandes bancos, tendo em conta as expetativas e aspirações de cada individuo e com o objetivo de modificar a pobreza sistémica derivada das condenações.
Um exemplo ambiental em Portugal é a Cooperativa Coopérnico, onde pessoas individuais ou coletivas investem capital no desenvolvimento de projetos de energia limpa, implementados em instituições do terceiro setor. Através da venda da energia que produzem, estes projetos geram retorno para as entidades beneficiárias e para os seus investidores. O nosso convidado ajudou a fundar este projeto e foi mais além com a GoParity, uma fintech portuguesa, regulada pela CMVM.
A Goparity é uma plataforma com uma app que permite render até 8% por ano o montante investido em projetos alinhados com os 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. O investidor decide o montante e o dia em que quer fazer a transferência (automática) para a GoParity, e a plataforma trata do resto, garantindo a diversificação do investimento, permitindo aos investidores, verificarem o crescimento da conta poupança e o impacto criado, em CO2 evitado. Em quatro anos a Go Partity já investiu e viu nascer projetos de energia, turismo, mobilidade, e empreendedorismo sustentáveis, indústria do mar, desenvolvimento rural e economia circular em Portugal, no Brasil, na Colômbia, no Perú e no Uganda. Prepara-se também para chegar a Espanha e ao Congo. O objetivo desta fintech é criar um Banco Verde.
Falamos, pois, com Nuno Brito Jorge, engenheiro ambiental e entusiasta da inovação e sustentabilidade. Viveu no Brasil, Bélgica, Espanha, para além de Portugal e em 2008 deixou o seu trabalho de consultor em política energética e ambiental no Parlamento da EU, para ir de mochila às costas para a América do Sul durante nove meses.
Foi consultor de inovação e financiamento em Espanha, e geriu projetos de energia renovável em Portugal e é ainda membro da Direção da ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários, tendo ajudado a criar 5 empresas e atualmente é CEO da Gopartity.

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