Final de uma trilogia que mesmo desconhecida foi muito boa pra mim. Todos os três livros desta série sempre trouxeram pra mim aquela coisa de querer mudar o mundo e quebrar tradições que fazem mal para os outros e coisas do tipo. De verdade eu me apeguei a Kelsea (mesmo ela cometendo inúmeros erros, talvez por isso mesmo eu tenha me apegado tanto) e eu torci que muitas coisas acontecessem nesta história, de verdade eu me envolvi com este universo. Eu realmente não tinha ideia de como seria o final desta trilogia, na verdade imaginei muitas coisas, porém nem cheguei perto do final que a autora deu… e não sei, acho que não gostei.
Kelsea apesar de ser rainha está longe de seu reino e a mercê de seus inimigos. Então aos poucos mesmo em uma situação muito ruim ela percebe que a Rainha Vermelha, a qual todos temem, não possui essa força toda e que até mesmo ela tem seus medos. Kelsea precisa terminar de entender o passado para que assim possa ao menos tentar arrumar o futuro de Tearling e, se ela se esforçar muito, quem sabe o seu também.
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“Talvez nós não sejamos capazes de ficar satisfeitos, pensou Kelsea, e a ideia pareceu abrir um buraco dentro dela. Talvez a utopia seja inalcançável.”
Esta é a continuação direta do segundo livro de A Rainha de Tearling e provavelmente com certeza teremos spoilers dos livros anteriores: A Rainha de Tearling e A Invasão de Tearling.
Após o final que deixa qualquer um louco do segundo livro, Kelsea agora é uma prisioneira da Rainha Vermelha e assim está afastada do seu reino. Se não bastasse isso muitas outras coisas as quais Kelsea fez e que (de certa forma) causaram consequências graves tanto para ela quanto para Tearling parecem estar no ponto de explodirem. O passado de outras pessoas ainda a atormenta em histórias em que ela só pode assistir como uma espectadora, porém assim aos poucos ela começa a entender como Tearling, e tudo o mais, aconteceu.
Kelsea está mais preocupada em saber como seu reino está desde que a mantiveram longe, do que com seu próprio futuro e o que a Rainha Vermelha pode lhe causar. Afinal desde que resolveu trocar a si mesma pela sobrevivência de seu Reino ela sabia que sua salvação era algo com pouquíssimas possibilidades de acontecer. Neste último livro temos mais histórias do passado e de como algumas pequenas decisões afetaram toda uma população, muita magia do começo ao fim e uma Kelsea que está tentando fazer o melhor para o seu povo.
“O erro da utopia é presumir que tudo vai ser perfeito. A perfeição pode ser a definição, mas nós somos humanos, e mesmo para a utopia levamos nossas dores, erros, invejas e desgostos.”
Além da história de Kelsea tentando aos trancos e barrancos manter Tearling a salvo eu gostei de perceber o quanto ela tinha amadurecido na história. Não sei se foi por conta de ela estar naquela situação de ‘agora é o fim da linha’ ou porque ela realmente estava aprendendo com seus erros. Erros estes que se mostraram enormes por conta das consequências dos mesmo. Mas Kelsea estava naquele famoso ditado: entre a cruz e a espada, ela não tinha muitas opções. Talvez ela tenha tomado a decisão necessária no momento em que estava, mas a longo prazo eu acho que ela cometeu um erro sim. Porém amenizando um pouco se não fosse ela cometendo esses erros teri...