O que dizer deste livro que tem uma das capas mais lindas do mundo? Sendo sincera foi um livro mediano, porém não deixou de ser uma leitura divertida. Eu vim para este livro com o pé atrás porque uma amiga não havia gostado dele e ela basicamente gosta de quase todos os romances de época. Talvez por ir com expectativa baixa eu pude aproveitar melhor a história e sendo bem sincera eu aproveitei.
Uma viúva de bom coração precisa urgentemente de dinheiro antes que ela tenha que viver de luz, por isso contrariando a vida da época a moça consegue um emprego de secretária de um Conde mal humorado. Ela precisa de dinheiro e ele precisa de alguém que não se importe com o fato dele ser um ogro, os dois saem ganhando.
Se quiser ouvir ao invés de ler dê o play ou !
“- Ouvi algumas pessoas dizerem que meu temperamento é um tanto…
– Selvagem? Feroz? Bárbaro?
– Sim, bem vamos simplesmente dizer que isso intimida algumas pessoas. Eu não queria intimidá-la, Sra. Wren.
– Não intimidou.”
Anna Wren é a arrimo da família, quer dizer da sua pequena família. Seu marido morreu e ela vive com sua sogra e uma pequena ajudante que mais atrapalha. A mulher faz de tudo para manter a família com dignidade, exceto que não está dando mais. Apesar desta situação a família delas é bem feliz, a sogra é um amor de pessoa e a pequena ajudante é desastrada, porém bem dedicada às senhoras. Mas, como apenas amor não põe comida na mesa, a jovem decide que precisar achar uma fonte de renda, pra isso começa a procurar empregos que possam complementar a renda. Infelizmente os empregos são escassos,  cof nenhum, e por destino ela acaba se deparando com uma vaga de secretário, foco no o, que ela habilmente converte em secretária e tcharam, assim ela entra na casa do conde do vilarejo. Preciso nem dizer que ele está envolto em mistérios, mas a nossa protagonista não está preocupada com os segredos e sim com alimentar sua família amada. Preciso dizer que a Anna é uma boa pessoa e isso já me faz gostar dela, porque apesar de boa ela não é idiota e não aceita desaforo. Uma mulher forte, é isso que ela é.
“-[…] Me parece que eu comprometi o senhor. – Anna achou admirável que não estivesse agitando os braços no ar, exasperada.
-Isso é ridículo! – O grito de Edward provavelmente poderia ser ouvido da abadia. Por que os homens acham que dizer algo em tom de voz mais alto o torna verdadeiro?”
Por outro lado temos um conde viúvo muito grosso, seu nome é Edward de Raaf e ele é basicamente um babaca. Óbvio que ele vem com o pacote completo de romances de época que inclui ser muito rico, sofrido e com uma beleza singular, ah além de ser um deus do sexo. Sua família morreu quando ele era mais novo, apenas ele sobreviveu ao surto da varíola. Claro que ele mantém no rosto as marcas da doença, contudo fora isso é um belo espécime. Edward é um cara mal educado, duro e sem tato pra falar as coisas, óbvio que vamos vendo no decorrer do livro que esse é seu jeito e que ele não é um bacaca total. Mas, precisa urgentemente de um filtro antes de falar e aprender a pedir e não mandar hahaha. Sendo sincera ele é boa pessoa por baixo de toda aquela cobertura de idiota prepotente. Então, quando ele encontra sua nova secretária após os dois últimos homens terem fugido ele decide tentar. Afinal, o que poderia dar errado? Ele só precisava escrever um tratado agrícola enquanto procurava uma nova esposa para dar continuidade à família. Obviamente nada daria errado. Coitado, ele realmente não conhece as coisas quando envolvemos uma mulher na receita. Nós somos a mistura do caos, porque obviamente somos a melhor coisa do universo. #militei
“- Um sentimento muito nobre, tenho certeza – retrucou ela com sarcasmo. – Mas dificilmente o senhor pode passar o resto da vida me seguindo para intimidar os impertinentes.