Resenha em Áudio | EU INSISTO

Resenha em Áudio | EU INSISTO


Quem Era Ela – JP Delaney

May 22, 2017

Bom livro esse tal de Quem era ela, sabe aqueles filmes de terror em que tem algo muito errado com o local aonde pessoa está? Eu tive essa sensação no livro inteiro, o que acho que era a intenção do autor. Adorei isso. Jane precisa de uma mudança, algo que a faça espairecer, então decide mudar de casa. Folgate Street n°1 parece ser ótima, com sua tecnologia de ponta e seu minimalismo extremo a verdadeira casa moderna e perfeita. Porém, para ser inquilina desta casa é preciso passar pelo questionário rigoroso do arquiteto da casa, e também preencher requisitos antes e depois para morar na casa. Com uma tecnologia na casa inteira, Jane começa se perguntar o que aconteceu com os antigos moradores e fica curiosa sobre o motivo de não estarem mais na casa. Ela vai atrás de pistas e sua vida começa a entrar numa eterna dúvida se ela está mesmo segura naquela casa. Ela está?
Dê play no áudio (ou )

“- Há cerca de duzentas exigências no total. Mas é a última que gera a maior parte dos problemas.”

Emma era a moradora anterior. Ela morava antes de ficar desocupada novamente, e acompanhamos também a parte dela na história, juntamente com o ‘agora’ que é Jane. As duas com pontos de vista em primeira pessoa.
O arquiteto, Edward, é uma pessoa excêntrica, e sua casa e do mesmo jeito. É extremamente minimalista, e não é exagero, a casa é praticamente de uma cor só como se fosse uma caixa de vidro jamais moraria lá com tecnologia de ponta na casa inteira, reconhecimento do morador com pulseiras, e a maior parte das coisas escondidas em compartimentos. Temos também a ressalva de não poder se levar muitos objetos pessoais para casa e nem mudar nada de lugar. Emma, que se muda juntamente com seu namorado Simon, ama a casa e por isso se mudam para lá, apesar de Simon não ter gostado muito de Edward.
No “agora” temos Jane que quer ser a nova moradora, ela acabou de sofrer uma perda e quer um recomeço. Acha as exigências um pouco demais, porém acaba aceitando. Mas, aos poucos ela percebe que aquele lugar viu muitas tragédias. Agora Jane está disposta a descobrir o que realmente aconteceu naquela casa, com todos os outros moradores. E temos desde um caso de invasão domiciliar, até a perda de pessoas, aos poucos as histórias vão se juntando e Jane entendendo o que realmente tinha acontecido ali, naquela casa. A verdade é que Folgate Street n°1 parece ser cada vez mais envolvida em mistérios, desde a sua construção até depois quando os moradores passam a conviver com toda a tecnologia que ela possui.

“A casa quer que eu saiba, tenho certeza. Se as paredes falassem, Folgate Stree, n° 1 me contaria o que aconteceu aqui.”

Antes de tudo tenho que deixar uma coisa clara, quando vejo/leio essas coisas de a casa inteira com tecnologia, quase um IA (inteligência artificial), só consigo chegar a uma conclusão… JAMAIS MORARIA NUMA CASA ASSIM. Não depois de tantos filmes, livros e outras coisas (não sei o que) de terror envolvendo casas/coisas inteligentes. Após essa breve confissão sobre meu terror de casas inteligentes, é óbvio que este livro já me aterrorizava né. Juntando a isso ao fato de Edward parecer um psicopata já viram, né? Porque não pode ser normal uma pessoa projetar este tipo de casa e exigir tantas coisas do futuros moradores.
Falando um pouco da vida delas, Emma estava traumatizada com o assalto que teve em sua casa, a qual morava com Simon, por isso procuraram outra casa, algo que a deixasse segura. Simon não gostou muito das exigências, mas fazia qualquer coisa por Emma, e aceitou então. Jane parece um pouco mais desconfiada do que Emma foi quando ela aceitou a proposta, mas mesmo assim aceitou, o que não a impedia de investigar sobre os acontecimento daquela casa. Como a narração é em primeira pessoa alternando entre a Emma e a Jane, tem que se atentar quando muda a narradora. Mas, achei que o autor conseguiu distinguir bem uma da outra,