Agência io!

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Lendas de Jundiaí

April 13, 2021

Você é daqueles que adora ficar horas e horas conversando sobre lendas e mistérios? Então vai gostar do episódio de hoje!

Olá, meu nome é Julie Braghetto e este é o Contatos Imediatos, podcast da agência io!comunica.

No episódio de hoje, nós falamos sobre algumas lendas da região e conversamos com a Dona Marielza, de 65 anos, que já viu e ouviu muita coisa que deixaria qualquer um arrepiado.

Quem mora em cidades do interior, frequentemente é presenteado com visitas da Mula sem Cabeça, uivos de Lobisomens, apitos de Saci e luzes estranhas no céu. Mas quem vive atualmente em Jundiaí, nem imagina que histórias assim já rondaram a cidade, né?!

No máximo, o que já ouvimos falar foi da Maria dos Pacotes, uma senhorinha que realmente existiu e andava pra lá e pra cá com um monte de sacolas. Dizem, que no final dos anos 60 ela foi abandonada no altar e os pacotes eram os presentes que o casal havia ganhado.

E a noiva do cemitério Nossa Senhora do Desterro? No túmulo de Dr. Leonardo Cavalcanti, a estátua de uma mulher chorando chama a atenção de qualquer um que passa por lá. Diz a lenda, que a moça era noiva de Leonardo e acabou morrendo de tristeza sobre o caixão do amado.

O que você sentiria se soubesse que a nossa região já foi habitada por lobisomens? Dona Mari, como gosta de ser chamada, já viveu alguns episódios de arrepiar, e tudo começou com as histórias que seu pai contava lá atrás.

[Dona Marielza] - A primeira ele era solteiro, né. Ele contava que ele era solteiro e fazia pão para vender, ele e o sócio dele. Era em um sítio e era forno de barro ainda, né, então eles faziam pão a noite para assar e vender no outro dia.

Então ele contava essa história para nós que teve um dia, várias vezes aconteceu, mas esse dia foi o mais grave. Aí ele falou que estava ele e o sócio dele amassando o pão, né, e o forno acesso.

Enquanto eles amassavam o pão eles viam um vulto passando, correndo, um vulto grande passando pra lá e pra cá, e a família desse sócio dele, a mulher dele tinha um nenénzinho novo, recém-nascido e eles estavam preocupados com aquele vulto passando em frente da casa. Aí, pronto, amassaram os pães tiraram a lenha do forno para colocar o pão, aí enquanto eles colocavam o pão esse vulto passou correndo, um vulto preto, grandão que passava.

Aí o amigo dele disse “Nossa, o que será isso?” e eles correram pra dentro, olharam pra fora e o amigo dele falou assim “É o Lobisomem! Quando a gente faz pão aqui eles ficam rodeando”, aí meu pai não tinha muito medo, não sei se ele não tinha muito medo ou queria ser corajoso, né, falou “Vamos matar esse Lobisomem! Esse Lobisomem não vai aparecer mais aqui, não! Vamos acabar com esse Lobisomem.” Aí a mulher gritou lá do quarto “Fala pra ele vir buscar um pires de sal amanhã”, aí meu pai achou estranho, quando aí puseram o pão para assar.

Quando puseram o pão para assar ele voltou outra vez aí meu pai pegou um ferro, ele contava que ele pegou um ferro para bater nele, aí o sócio dele falou “Não, não bate nele com um ferro não que vai tirar sangue, se você tirar sangue você vira lobisomem”, aí ele pegou um pedaço de pau, aí esse Lobisomem passou. Quando esse Lobisomem passou meu pai jogou o pau nele, e quando meu pai jogou o pai dele ele fez como se fosse um grito e caiu, e quando ele caiu ele levantou e foi embora.

 

[Julie] – Mas era um lobisomem mesmo, ou era uma pessoa?

 

[Dona Marielza] – Aí é que está a história. A mulher tinha gritado assim “Fala pra ele vim buscar um pires de sal amanhã”. Aí passou o dia, amanheceu, tiraram o pão para vender. Aí apareceu esse homem vendendo peneira e estava com uma perna manca, mancando a perna, e a unha grande. E depois que eles viram o homem eles foram olhar o forno, quando eles olharam o forno, por fora,