The Walking Tech

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#41 – É hora de combinar educação e disrupção | Entrevistada: Mari Achutti

October 07, 2021

Com a Transformação Digital, a educação vem apresentando novas demandas e necessidades. No caso da educação corporativa, isso também não é diferente, uma vez que é preciso lidar com o desenvolvimento das soft e hard skills. Em outras palavras, é hora de combinar educação e disrupção!

E para discutir sobre o tema, conversamos com Mari Achutti, CEO e fundadora da Sputnik, empresa de educação corporativa.

Sobre a sua trajetória, Mari conta que desde a época da faculdade não se adaptava ao ensino tradicional. “Eu adorava a hora do intervalo e o barzinho, mas o modelo tradicional de ensino sempre foi algo muito complexo pra mim”, conta ela. Mari é publicitária, trabalhou em diversas agências no Rio Grande do Sul, onde nasceu a Perestroika – empresa na qual a Sputnik funciona como um “braço”, como a própria entrevistada explica.

Mari partiu para morar no Rio de Janeiro, onde conheceu Roni, CEO da Reserva (empresa do ramo da moda) e que gostaria de construir uma academia de educação na própria empresa. Foi ali que a entrevistada abriu uma escola, compreendendo o que era necessário no processo de educação. “Hoje a Reserva é uma das grandes empresas em relação à cultura”, conta Mari, destacando a importância que a educação corporativa tem na organização.

https://www.youtube.com/watch?v=zqwkp4WLdR0&t=4s

Mas falando sobre o modelo tradicional de ensino, será que ele está fadado a acabar? Para Mari, surpreendentemente, a resposta é negativa: “As pessoas aprendem de diversas formas, e devemos parar de insistir que apenas um só formato vai funcionar”, fala a CEO. Ela também explica que a grande mudança está no fato de que o professor não será a única fonte de aprendizado, mas que estará inserido em uma “caixa de ferramentas” nesse processo.

Em suma, Mari diz que o papel do professor não vai deixar de existir, mas que vai mudar. “A mudança de papel estará na questão de facilitar o aprendizado”, diz ela.

Achutti também acredita que ainda estamos em um processo de transformação e adaptação em relação ao modelo híbrido de ensino corporativo (deixando claro, também, que esse processo é ainda mais complexo em escolas de ensino básico, especialmente as públicas).

No bate-papo, Mari também explica o que é o Experience Learning, metodologia que a Sputnik utiliza. “O Experience Learning nasceu há 10 anos, e encontra-se sempre em mutação.” Sobre o método de ensino, ela diz que, na sua opinião, o mais importante na educação nos dias de hoje é colocar o aluno no centro. “Hoje nós precisamos despertar o interesse nas pessoas, criar uma jornada para que elas aprendam", completa a fundadora da Sputnik.

https://www.youtube.com/watch?v=hSB5nvbpV9A

Pensando nessa perspectiva de ensino corporativo, o que é mais difícil desenvolver: a soft skill ou a hard skill? Mari responde essa pergunta de forma direta: “É muito mais difícil desenvolver a soft skill, pois isso entra em uma questão de mindset cultural.” A entrevistada fala que hoje é muito mais fácil para a empresa entender a hard skill, e acrescenta que houve uma melhora de percepção da importância da comunicação e comportamento em relação à gestão de conflitos e criatividade.

E o que é uma educação disruptiva, de fato? Para Mari, isso não foge da questão do formato e do conteúdo. “Em relação ao conteúdo, temos que colocar o aluno no centro. E a forma é sobre fazer diferente, pensar que a educação não é só alguém falando e o outro aprendendo”, explica a CEO.

Mari também aborda a tendência da gamificação no ensino. Para ela, esse é um formato interessante, mas que não deve ser encarado como o único para um modelo disruptivo. Nesse sentido,